Moradores da cidade de Aleppo, na Síria, estariam pedindo autorização a líderes religiosos para matar suas esposas e filhas com o objetivo de evitar estupros de forças militares do regime de Bashar al-Assad, de integrantes do Hezbollah ou de milícias iranianas. De acordo com informações de agências internacionais, os relatos ganharam força com a divulgação de uma carta supostamente escrita por uma enfermeira da cidade. “Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve serão violadas.
Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós e os animais que estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Eu não quero nada de você. Nem mesmo suas orações. Ainda sou capaz de falar e acho que a minhas orações são mais verdadeiras do que as suas. Tudo o que peço é que não assuma o lugar de Deus e me julgue quando eu me matar. Eu vou me matar e não me importo se você me condenar ao inferno! Estou cometendo suicídio porque não quero que meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar o nome de Aleppo dias atrás. E quando você ler isso saiba que eu morri pura apesar de toda essa gente”, diz a carta. Segundo o jornal britânico “Metro”, ela era endereçada a líderes religiosos e da oposição. Aleppo tem sido palco de uma intensa disputa entre forças do governo de Bashar al-Assad e rebeldes.
O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, anunciou na noite desta terça-feira (13) que soldados do governo sírio retomaram o controle das últimas partes da cidade que estavam sob domínio dos rebeldes. (Bahia Notícias)