A situação na emergência do Hospital Roberto Santos fez com que um paciente levasse de casa um colchão e alugasse uma maca para aguardar atendimento. O autônomo Adinailton de Jesus Pereira, 46 anos, teve a coluna fraturada e em suas palavras:”urrava de dor. Foi a pior noite de minha vida”.
Segundo o o Jornal Correio, o paciente chegou na unidade às 13h de terça-feira e só foi atendido no dia seguinte, ao amanhecer, quando um médico viu a situação que considerou como sendo “desumana”, e conseguiu instalá-lo em uma sala improvisada.
Funcionários do Roberto Santos acreditam que o sofrimento de pacientes da emergência tem sido prolongado pela falta de leitos nas enfermarias, que tiveram colchões descartados para controle de infecções.
Juntamente com Adanilton, outros pacientes desavisados sobre a situação dos colchões jogados fora, também esperavam horas na recepção da emergência lotada. Uma senhora com um grande ferimento na perna esquerda e com problemas renais esperava sentada numa cadeira. NO dia seguinte, foi atendida, mas faltava vaga para internação.
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) acredita que a falta de colchão não agrava a superlotação da emergência: “Vamos devolver todos os colchões novos, de todos os leitos, e a emergência vai continuar cheia. É uma questão de demanda. Mesmo com menos leitos nas enfermarias, o impacto não é grande”, aposta Verônica Rocha, coordenadora da CCIH.