Escolas, postos de saúde, transportes públicos e parte do comércio tem segundo dia sem funcionar.
Lojas saqueadas, mortes e aumento da violência: a greve dos policiais no Espírito Santo segue em seu quatro dia de paralisação, nesta terça-feira (7) e tem crescente onda de crimes.
Apesar de tropas das Forças Armadas e Força Nacional terem sido enviadas ontem, segunda-feira (6), para reforçar o policiamento nas ruas, este é o segundo dia que escolas e postos de saúde, transporte públicos e parte do comércio estão sem funcionar na Grande Vitória e em outras cidades do estado. A prefeitura de Vitória determinou ontem a suspensão das aulas e atendimentos à saúde.
Familiares de policiais militares protestam desde sábado (4) por reajuste salarial e impedem a saída de carros da PM dos quartéis de várias cidades. Entre as reivindicações, estão o aumento dos salários, o pagamento de benefícios, além de adicionais e a melhoria das condições de trabalho.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, mais de 60 assassinatos foram contabilizados desde o início da greve. Mas a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) ainda não confirmou as informações.
No total, 1,2 mil homens da Força Nacional e das Forças armadas já estão atuando na Grande Vitória. Eles vão trabalhar em conjunto com policiais civis, guardas municipais e PMs que estiverem nas ruas a pé. De acordo com o ministro da defesa, Raul Jungmann, que está na capital desde a tarde de segunda-feira, o exército vai realizar uma ação de garantia da lei e da ordem, a pedido do governador do Espírito Santo.
“Seremos inflexivos e determinados em instaurar a ordem, a paz e a tranquilidade em Vitória e onde for necessário. Não vamos deixar margem para que triunfem os bandidos e a criminalidade”, afirmou o ministro.
A greve foi declarada ilegal pela Justiça, que determinou que os manifestantes devem sair da frente dos quartéis, sem sucesso. Os protestos acontecem na capital do Espírito Santo e também em cidades como Aracruz, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Guarapari e Piúma. (Correio 24 Horas)