No Brasil, as reações às declarações do presidente foram imediatas. Em Dallas, nos EUA, onde está para receber uma homenagem, ele chamou os manifestantes que protestaram contra o bloqueio de verbas na educação de “idiotas úteis e massa de manobra”. Bolsonaro recebeu muitas críticas de associações de professores e estudantes e também no meio político. A presidente executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, cobrou respeito a professores, alunos e a quem mais trabalha pela educação no país:
“Um governo que não trata com respeito quem está ali na ponta, dificilmente vai conseguir avançar nessa agenda. O Brasil já perdeu muito tempo, muitos anos, não priorizando a educação. A gente precisa, de fato, priorizar a educação. Mas de uma forma democrática, aberta, desarmada, sem acusações, de forma construtiva para a gente conseguir avançar. Se não, a gente vai ficar o tempo inteiro numa disputa, numa briga em que ninguém ganha. O país perde, os estudantes perdem, as pessoas, a população brasileira perde”.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes) defendeu o diálogo com os estudantes.
“A posição dos estudantes cumpre um papel importante na vida democrática em nosso país. Ouvi-los, saber da sua mobilização sempre foi um sinal importante para que nosso país evitasse retrocesso, evitasse compromissos com a ignorância e não com o conhecimento”, disse o vice-presidente da Andifes, João Carlos Salles.
Fonte: G1