Na Chapada Diamantina a possibilidade de passeios acessíveis começou a ser uma opção em 2013, tornando-se a região pioneira na Bahia com essa acessibilidade, mas ainda há muito há muito a se melhorar. Num país onde 45 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, é preciso olhar para essas pessoas, com seriedade e respeito pelos agentes de turismo.
A Chapada Diamantina oferece atrativos naturais fantásticos e muitos deles é um desafio, devido à dificuldade do percurso e das trilhas. Para Pessoas com Deficiência (PCD), essa aventura se torna ainda mais complexa. Mas, o desejo de ir mais longe e conhecer mais da Chapada Diamantina, não limitou o policial militar e atleta de Triathlon, Cleber Climaco, que em 2021 sofreu um acidente de moto e perdeu os movimentos das pernas.
Cleber já havia visitado a Chapada Diamantina, uma primeira vez, em meados de 2021, porém, ainda não tinha se acidentado. Nesta visita, por cinco dias, conheceu o Vale do Pati. “A Chapada é muito grande e não é possível conhecer tudo numa única visitação, e já despertou na gente a vontade de retornar”, diz Cléber, porém, nesse meio tempo, veio o acidente.
“Nada na vida é fácil, tudo depende do quanto você quer realizar algo”, reforça Cléber Climaco, que disposto a realizar seu sonho, contatou a Bahia Trip, que aceitou seu desafio e disponibilizou uma equipe e uma cadeira de rodas especial para aventuras, chamada de “Julieti”. Com um roteiro criado e operado pelo guia Italo Pinto, que também é um dos sócios da agência Bahia Trip, o policial, durante quatro dias, remou nas águas do Pantanal Marimbus, fez a trilha das Águas Claras, visitou o Mirante do Morro do Camelo, conheceu a Gruta da Lapa Doce e fez ainda até flutuação na gruta do Rio Pratinha.
“A Chapada Diamantina não mudou, esse paraíso natural é o mesmo, a energia é a mesma, as pessoas são as mesmas, só mudou um pouco minha forma de conhecê-la. (…) Eu acredito que a maioria dos atrativos são possíveis para PCDs!”, pontuou Cléber. Veja video a baixo:
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