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Escola Livre Audiovisual da Chapada Diamantina realizou sua primeira semana de aulas

Após um processo seletivo que mobilizou quase 150 inscritos de dentro e fora do território chapadense, as primeiras semanas de julho são marcadas pelo início da formação ELA Diversidades, a terceira turma da Escola Livre de Audiovisual da Chapada Diamantina. A aula de abertura foi exibida em 1º de julho e a aula virtual para interação e apresentação dos novos alunos e equipe de trabalho ocorreu em 4 de julho.

Nestes eventos, artistas e profissionais renomados da Chapada Diamantina, como a fotógrafa Iêda Marques, de Boninal, e a cantora e multi artista Tatiana Ramalho, de Lençóis, abrilhantaram os encontros com seus talentos e histórias. Iêda Marques destacou a importância da fotografia em sua vida, afirmando: “A fotografia é o alimento da minha mente, do meu espírito, do meu corpo. Minha fotografia brota no cotidiano, na vida que está no meu caminho”. Sua participação foi fundamental para a imersão dos novos alunos em três meses de aprendizado em audiovisual, com um olhar atento às diferentes realidades do solo chapadense.

Além disso, recebemos um feedback inspirador de Francisco, um dos participantes do curso, sobre a qualidade das aulas. Ele compartilhou: “Assisti aos vídeos e entendi tudo claramente, apesar de ser cego e ter zero visão. A explicação foi muito boa e bem detalhada. Parabéns a todos, especialmente ao professor, que conseguiu transmitir o conteúdo de maneira compreensível e eficiente.” 

A abertura dos trabalhos ocorreu no Território Payayá, no povoado da Cabeceira do Rio, Utinga, nordeste da Chapada Diamantina, em 20 de junho, durante o solstício de inverno. Este momento simbólico para os povos tradicionais, marcado pela celebração do Toré, ritual indígena, foi o cenário para o início das atividades da equipe ELA.

Neste local sagrado, realizamos nossa primeira roda formativa presencial, uma imersão em saberes e tradições. No dia 21 de junho, participamos da oficina de pré-produção do curta “ESTAMOS VIVOS E ATENTOS”, recebendo a energia do povo Payayá e nos preparando para uma formação diversa, com o propósito de discutir os diferentes corpos e olhares que compõem o nosso território. Edilene Payayá, ex-aluna e coordenadora pedagógica da ELA, destacou a importância da pedagogia do acolhimento: “Não existe competição, as pessoas se escolhem livremente para realizar o trabalho em equipe”. 

Atualmente, os alunos já foram introduzidos às aulas do eixo 01 – identidade e território, explorando a interseção entre identidade e território através da linguagem audiovisual. Durante este período, haverá trocas contínuas com a equipe e convidados, iniciando uma rica ciranda formativa. Acompanhe nosso trabalho e conteúdos gratuitos nas plataformas digitais: site do Coletivo ELA (https://www.elaaudiovisual.com/); YouTube (@ELA_Audiovisual) e Instagram/Facebook (@elaaudiovisual).

A viabilização desse projeto é possível por meio do Programa Paulo Gustavo 03/2023 – FORMAÇÃO, PESQUISA E MEMÓRIA NO AUDIOVISUAL. Além disso, nossa formação conta com o apoio da ArteQuilombo nosso parceiro e proponente que percorrerá todas as etapas de execução ao nosso lado, dentro outros parceiros de caminhada como: Universidade do Estado da Bahia – campus XXIII (UNEB-Seabra), que vem nos dando su um porte desde o início da nossa concepção.

“Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.”

Fonte: BA.GOV | Foto: Reprodução

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