Paciente doador tinha 59 anos e sofreu um AVCH.
O Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), registrou na última quarta-feira (31), mais uma captação de órgãos em Irecê.
A ação captou rins, fígado e válvulas do coração que foram autorizados pela família de um paciente de 59 anos, vitima de Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH), que residia em São Gabriel, cidade que faz parte da microrregião de Irecê.
“Agradecemos aos familiares do doador que realizaram esse ato de amor ao próximo e parabenizamos o empenho e a dedicação da equipe multiprofissional do Hospital Regional de Irecê que com muito respeito e eficiência seguem sendo referência na captação de órgãos do interior da Bahia”, pontua Ingrid Rafaelly, líder geral da unidade hospitalar.
Doação de órgãos no Brasil
Por vezes, o transplante é a única esperança de vida ou a oportunidade de recomeço para alguns pacientes. O Sistema Único de Saúde (SUS), tem o maior programa público de transplante do mundo, no qual cerca de 87% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos.
Por conta disso, é preciso que a população se conscientize da importância de doar um órgão. O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto.
O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Dois médicos diferentes examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado por um terceiro médico.
Quero ser doador?
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo. No Brasil, a doação de órgãos só é feita após a autorização familiar.
Há dois tipos de doador: o vivo e o falecido. O primeiro pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. A pessoa pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes só podem ser doadores com autorização judicial.
O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de traumas cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). Neste caso, a família precisa autorizar e os órgãos doados vão para pacientes que estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Fonte: Ascom Hospital Regional de Irecê e Ministério da Saúde | Foto: Divulgação Hospital