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Colégio Estadual de Seabra recebe pesquisadores da Fiocruz para oficinas, formação de educadores e mostra de ciências

Ação é fruto de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Núcleo Territorial de Educação (NTE) 3 e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia e teve como pano de fundo a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente.

A mostra itinerante Promoção da Saúde e Saúde Ambiental nas Escolas é uma ação da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em todo o Brasil. Na quarta-feira, 7, o território da Chapada Diamantina recebeu os pesquisadores da fundação para uma série de oficinas e uma mostra que apresentou os projetos científicos dos estudantes de diversos municípios da região. A ação aconteceu no Colégio Estadual de Seabra (CES) durante todo o dia e foi fruto da parceria entre o NTE 3 e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia com a Fiocruz.

Nessa quinta, 8, coordenadores pedagógicos da fundação realizaram, também como parte das ações da Obsma, uma oficina pedagógica sobre saúde e meio ambiente nas escolas. A atividade formativa discutiu com os professores os trabalhos desenvolvidos na área e como os educadores podem criar e potencializar estratégias para desenvolver projetos que reflitam a situação de saúde e meio ambiente dos seus municípios, território e comunidades.

Tatiana Machado é coordenadora nacional adjunta da Fiocruz e coordenadora pedagógica da Obsma e ressaltou a importância da articulação com a Fiocruz Bahia para, além de apresentar projetos e iniciativas, discutir com os alunos o que é realizado na área de pesquisa da Fiocruz. “A gente está discutindo aqui doenças negligenciadas, dengue, leishmaniose, doença de chagas, diversas iniciativas como reciclagem, saúde ambiental e estamos, na verdade apresentando o que a Fiocruz faz e tentando inspirar esses alunos tanto a entender uma instituição centenária pela saúde pública do Brasil como a seguirem carreiras de pesquisa, ciência, tecnologia e inovação.” 

De acordo com Tatiana, uma das grandes motivações da Fundação Oswaldo Cruz é a possibilidade de fazer com que os jovens compreendam como se faz pesquisa no Brasil e queiram se inserir na pesquisa para a construção de um país mais justo.

Mais de 20 profissionais da Fiocruz estiveram presentes nos dois dias da ação, promovendo a Olimpíada, que segue com inscrições abertas para professores de todas as áreas do conhecimento e estudantes das redes pública e privada de ensino, dos segmentos Fundamental 2 e Ensino Médio. A 12ª edição da Olimpíada recebe inscrições até o próximo dia 12.

Representando o NTE, Sizeânia Pacheco Medeiros, coordenadora pedagógica e de projetos ressaltou a importância da temática da saúde e meio ambiente e afirmou que ações como essa reforçam nos estudantes a crença na possibilidade de realizar projetos de relevância em Seabra e em todos os municípios do território. “Essa parceria da fundação com a Secretaria de Educação e o NTE tem fortalecido muito a questão socialmente viva dentro do território, possibilitando aos estudantes da Chapada Diamantina acesso a esse conhecimento tão importante, que é o científico.”

O diretor da escola que sediou o evento, Celsino Fernandes refletiu sobre a importância da mostra científica como um momento de apresentar para a comunidade interna e externa as atividades realizadas pelos alunos. “É um momento importante para a ciência e para a escola porque trata-se de um dos maiores institutos de pesquisa do mundo que vem à nossa escola pública de educação básica, em uma cidade pequena do interior da Bahia trazer ciência.” Além disso, Celsino ressaltou a importância de receber os estudantes de outros municípios como Palmeiras, Mucugê, tanto para apresentar suas produções quanto para conferir as oficinas oferecidas pela Fiocruz.

De Palmeiras, a estudante Israiany Almeida, do Colégio Estadual Professora Nilde Maria Monteiro Xavier, foi uma das que apresentou um projeto na mostra. O projeto “ECOBoxs: uma alternativa sustentável para reaproveitar o papel descartado no ambiente escolar” foi realizado por ela e mais dois colegas, Adriellen Santana e Lucas de Almeida. Orgulhosa, ela contou que o papel leva de 3 a 6 meses para se decompor e que a alternativa criada por eles ajuda a diminuir o desmatamento por meio do reaproveitamento do papel que seria descartado. “O descarte irregular causa desequilíbrio no meio ambiente. Com isso evitamos que duas árvores e meia fossem derrubadas”, destacou.

Ana Paula é a coordenadora pedagógica do colégio em que Israiany estuda e relembrou os diversos prêmios que o projeto já recebeu e as participações em outros eventos de ciências como a 9ª Exposição de Ciência, Engenharia, Tecnologia e Inovação (Expoceti), que aconteceu na cidade de São Lourenço da Mata, em Pernambuco, e em que os estudantes conquistaram o 3º lugar na categoria Meio Ambiente. 

As atividades e a participação intensa dos alunos mostra que, em qualquer esfera da educação, o fomento e a oportunidade são imprescindíveis para que estudantes se envolvam em atividades de pesquisa e possam realizar projetos com potencial para transformar suas vidas e as comunidades das quais fazem parte.

Ananda Azevedo | Foto: Divulgação NTE

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