Na Chapada Diamantina, as ruas de Palmeiras foram tomadas pelo desfile do Colégio Estadual Professora Nilde Maria Monteiro Xavier.
Em diversas cidades da Bahia, as apresentações das Fanfarras Escolares, organizadas pelas instituições de ensino e Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), marcaram os desfiles cívicos pelo estado.
Em Salvador, mais de 600 estudantes de nove unidades escolares da capital e de 101 municípios baianos deram um show de talento ao executar coreografias e tocar instrumentos musicais de sopro e percussão. Para fortalecer a manutenção das bandas e estimular a participação dos estudantes em celebrações de acontecimentos históricos e culturais, foram investidos neste ano de 2024, R$ 1,5 milhão.
As festividades pela celebração da Independência do Brasil tiveram início em 25 de junho, em Cachoeira, e, no dia 2 de julho, em Salvador. Para finalizar as comemorações, o desfile cívico-militar, neste 7 de setembro, aconteceu tanto na capital como em toda a Bahia.
Gestores, coordenadores e professores ficam responsáveis pela organização e por cuidar dos pelotões que farão parte do desfile. Além de tudo isso, a banda também inicia sua preparação no começo do ano com ensaios regulares de duas a três vezes por semana na escola para estar afinada para o grande dia.
Na Chapada, um exemplo foi o desfile do Colégio Estadual Professora Nilde Maria Monteiro Xavier, em Palmeiras. De acordo com o vice-diretor, Danilo Sales, o evento envolveu a escola como um todo, com os preparativos tendo iniciado no começo do ano. Ele conta que os alunos se envolvem em segmentos diferentes da preparação e participação. Alguns marcham no dia do desfile enquanto outros cuidam de aspectos diversos, como os desenhos das roupas que serão usadas na fanfarra.
Danilo conta que a fanfarra da escola é realizada desde 2011 e que, há dois anos, além de se apresentarem em Palmeiras, são convidados a desfilar em outra cidade da Chapada, Ibitiara. As 44 pessoas que fazem parte se deslocam e, de acordo com o vice-diretor, compõem um dos pontos altos do desfile também na cidade da região.
“O nosso tema foi Aprendizagem para Cidadania, Liberdade e Democracia’, a gente representou na caminhada diferentes elementos da Constituição Federal, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, então nosso foco foi falar sobre esses progressos no sentido da assunção dos direitos das pessoas. Uma das alas falava da liberdade religiosa, com diversas representações, como católicos, evangélicos, povos de terreiro. Tentamos representar aquilo que os artigos da Constituição e a Declaração Universal dos Direitos Humanos traz como reconhecimento da identidade das pessoas”, contou Danilo.
A coordenadora pedagógica Ana Paula Teles foi a responsável por essa costura junto à gestão da escola que trouxe também os anexos do Tejuco e do Vale do Capão para participar desse momento de cidadania na sede do município.
A comunidade não fica de fora. Costureiras, maestros, a Polícia Militar, as personalidades de destaque como o Rei Momo, a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Educação e a Secretaria de Infraestrutura, além da Assessoria de Cultura e Turismo estiveram envolvidos junto com a comunidade, para preservar esse momento que faz parte da cultura e da tradição de Palmeiras.
O desfile contou com a Banda de Percussão Gil Ferreira, a Filarmônica Santa Cecília e, não menos importante, a Banda Marcial do colégio.
A diretora Yara Gonçalves, em momento de agradecimento e renovação da tradição explicou que essa atividade enaltece os valores e direitos sociais de todos nós brasileiros. “Foi uma aula pública com a beleza e o encanto dos nossos alunos e convidados da comunidade, eles sim, foram as estrelas que brilharam nas principais ruas de Palmeiras”, destacou.
Ananda Azevedo | Fotos: Danilo Sales
