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Seabra: Escola Livre Audiovisual da Chapada Diamantina terá a 3ª edição do “Simpósio ELA”

O objetivo é estimular a elaboração de novas produções audiovisuais por toda a Chapada Diamantina.

A Terceira Turma da ELA Diversidades se despede com um encontro especial: o Simpósio da ELA, no dia 29 de setembro, no campus XXIII da UNEB, em Seabra. Será um dia de partilha e celebração, onde cursistas, facilitadores, professores, alunos e membros das comunidades rurais se reuniram para celebrar as obras audiovisuais gestadas durante a formação. Nesse cenário de aprendizagens e trocas, cada apresentação será um reflexo dos caminhos trilhados e das histórias construídas coletivamente ao longo dessa jornada.

Orlando Nascimento, produtor audiovisual Lençoense, um dos profissionais parceiros para compor o coletivo durante a etapa de orientação dos projetos concluída em 15 de setembro, destaca: “material massa, muito legal que tem sido produzido pela turma”.   

A ELA Diversidade contou com a participação de 40 alunos selecionados entre 150 inscritos. Agora, na reta final, estão sendo desenvolvidos 15 curtas-metragens. Essas produções, com duração de 5 a 20 minutos, exploram temas profundamente ligados à identidade dos territórios dos alunos, como religiosidade, práticas culturais e agricultura. Cada curta é uma janela para as vivências e histórias que moldam as comunidades, suas tradições e o encontro entre gerações.

Nesta edição, a acessibilidade foi uma prioridade desde o início. Implementamos diversas ferramentas para garantir a inclusão de todos os participantes, promovendo um ambiente de aprendizagem e criação mais igualitário. Para esse trabalho contamos com a parceria  de Jéssica Lacerda, Coordenadora de Acessibilidade. “Oportunidades como essa fazem com que a gente expanda o nosso olhar para outras formas de fazer o audiovisual funcionar para todas as pessoas. Quando você adapta uma realidade para pessoas com deficiência as pessoas sem deficiência, que possam ter outras dificuldades de compreensão também se beneficiam”, relata. 

Como parte desse compromisso, todos os curtas-metragens desenvolvidos pelos alunos contarão com a tradução em Libras, garantindo que as histórias e mensagens retratadas nas produções possam alcançar também a comunidade surda, ampliando o impacto e a representação. 

“Essa reta final tem gostinho de saudade, mas também de muito orgulho. Já me acostumei com essa roda que é a ELA, com todo o suporte e companhia que temos durante as nossas semanas” reafirma a cursista Claudiane Souza, 28 anos.

Foram três meses, nos quais a equipe do coletivo ELA esteve envolvida diretamente no processo de aprendizagem dos alunos, que utilizaram também como fonte de estudo 15 aulas virtuais, disponíveis para serem acessadas a qualquer momento. Além dos encontros virtuais síncronos semanais entre o facilitador das aulas e os alunos, construindo momentos de discussão dos temas e retiradas de dúvidas, totalizando em oito encontros e duas rodas formativas.

O processo de edição das imagens produzidas é sem dúvida um dos grandes desafios para os alunos, com a cursista Claudiane Souza não foi diferente. Para essa etapa o estudo empenhado do material didático e o suporte de monitoria realizado pela ELA foi fundamental, “foi uma semana estudando a plataforma de edição, o kdenlive retirando muitas dúvidas e colhendo dicas com os professores da ELA, o suporte da ELA é muito bom sempre que eu preciso corro lá no pessoal e tenho sempre um retorno muito rápido e enriquecedor”, contou.

Dentre os diferenciais dessa terceira turma estão três encontros presenciais realizados no Território Payayá, em Utinga; na Vila de Guiné, em Mucugê e no Colégio Estadual de Tempo Integral Rui Barbosa em Boninal por meio de parcerias com associações e escolas municipais das zonas rurais. 

“O Simpósio será um momento muito especial para todos nós. Ele marca o encerramento de um ciclo de aprendizagem e produção intensa dos nossos cursistas, os trabalhos são frutos de uma jornada de aprendizado e experimentação, onde os alunos tiveram a oportunidade de explorar novas formas e técnicas de contar histórias através do audiovisual. Com a terceira turma podemos acessar novos grupos e incentivar o audiovisual inclusivo e acessível a todos” destaca Caroline Oliveira, integrante do coletivo e Diretora Executiva dessa formação.

Acompanhe o trabalho e conteúdos gratuitos nas plataformas digitais: site do Coletivo ELA (https://www.elaaudiovisual.com/); YouTube (@ELA_Audiovisual) e Instagram/Facebook (@elaaudiovisual).

A viabilização desse projeto é possível por meio do Programa Paulo Gustavo 03/2023 – FORMAÇÃO, PESQUISA E MEMÓRIA NO AUDIOVISUAL. Além disso, a formação conta com o apoio da ArteQuilombo parceiro e proponente, dentre outros parceiros de caminhada como a Universidade do Estado da Bahia – campus XXIII (UNEB-Seabra), que oferece suporte desde o início da concepção do projeto.

“Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.”

Fonte: GOVBA | Foto: Divulgação ELA

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