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Em Seabra, evento “Libras, Ação” chama atenção para o direito das pessoas surdas e com deficiência

Atividades contarão com aulão de libras e lançamento do Jornal Sinalizante.

O Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e Colégio Estadual José Américo Araújo (Itaetê/BA), por meio do Curso de Libras e do evento Ser-Tão Inclusivo, em parceria com o Núcleo Territorial de Educação (NTE) 3, realizará, em 28 de setembro, próximo sábado, o evento “Libras, Ação!”.

As atividades serão realizadas na Praça dos Correios, no centro da cidade de Seabra, na Chapada Diamantina, e terá o formato de um aulão de libras gratuito e aberto ao público. Com concentração na praça a partir das 8h, as atividades serão iniciadas às 9h e têm previsão de encerramento ao meio-dia.

O aulão será mediado por Vinicius Santos Nonato, diretor do Colégio Estadual José Américo Araújo, em Itaetê, e membro ativo deste movimento na Chapada. Vinicius é o primeiro diretor escolar surdo do estado da Bahia.

O projeto tem o objetivo de promover o reconhecimento às lutas pelos direitos das pessoas surdas e das pessoas com deficiência (PCD). O mês de Setembro foi escolhido, haja vista que é representativo para essas comunidades, já que o dia 21 de setembro marca o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, lembrado em todo o Brasil, além do Dia Internacional das Línguas de Sinais, em 23 de setembro e do dia 26 deste mesmo mês, que marca o Dia Nacional do Surdo.

Uma das ações do evento será o lançamento do Jornal Sinalizante Seabra, uma publicação que nasceu da insatisfação dos realizadores com os meios de comunicação e a forma como normalmente se referem às comunidades de PCDs e surda.

A idealizadora, Jéssica Lacerda, intérprete e professora de libras do IFBA, contou que “surgia erros gravíssimos (e básicos) de divulgação, como por exemplo o uso errôneo de termos que tem uma carga pesada para PCD’s e surdos, isso de forma recorrente. Termos como “Portador” de deficiência, “Surdo-Mudo”, “Linguagem” de Sinais e tantos outros que não são mais aceitos e são vistos inclusive como uma agressão verbal para a identidade/identificação dessas pessoas”.

Esse foi o motivador para que ela iniciasse esse projeto que será materializado nessa primeira edição impressa e também virtual, por meio da distribuição do arquivo em PDF. De acordo com Jéssica, o jornal servirá para trazer informações relevantes para as pessoas com deficiência, especialmente sobre a comunidade surda nesta primeira edição. “Foi idealizado por mim, com apoio do monitor que me acompanha nas aulas de Libras, Weslley de Souza Lima, e pelos estudantes do curso de Libras do IFBA”, contou.

As atividades do aulão e do lançamento do jornal são um passo importante para o reforço à luta anticapacitista em Seabra e em toda a Chapada Diamantina.

Com informações da organização | Fotos: Acervo Pessoal Jéssica Lacerda

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