Benjamin Lustosa é de Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Ele tem QI de 133 pontos, mais de 40 pontos acima da média da população.
Um baiano de apenas 2 anos, natural de Feira de Santana, tornou-se o mais novo brasileiro a entrar para a Intertel, sociedade internacional que reúne pessoas de alto Quociente de Inteligência (QI).
O pequeno Benjamin Lustosa é reconhecido, agora, como uma das 1.698 pessoas superdotadas identificadas na Bahia.
Os primeiros sinais de que Benjamin era uma criança com perfil diferenciado surgiram antes do primeiro ano de vida. A mãe dele, a advogada Dayane Lustosa, contou que estava viajando junto com a família, quando notou que o filho começou a falar os números das portas dos apartamentos do hotel em que estavam hospedados.
Inicialmente, supôs que o filho poderia estar falando de forma aleatória e acertando por coincidência. Até que o pai resolveu testar, apontando os números um por um, e Benjamin seguiu acertando. “Esse foi o primeiro susto que tivemos”, lembra Dayane.
As altas habilidades do garoto foram reconhecidas neste ano. Antes dos dois anos, Benjamin começou a falar, andar, ler e escrever, inclusive em inglês, antes da média comum para as crianças, surpreendendo a família. Ele também já frequenta escola regularmente.
A superdotação é identificada quando uma pessoa tem um desenvolvimento acima do esperado para a idade ou para a população em uma ou em várias áreas.
O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com dados de 2022, apontou 38.019 estudantes identificados com altas habilidades ou superdotação no Brasil, dos quais 1.698 estão na Bahia, sendo 10 em Feira de Santana.
Acompanhamento
A criança foi levada a uma neuropsicóloga e a avaliação revelou o que o QI de Benjamin é de 133 pontos. A escala ajuda a avaliar e comparar as habilidades de diferentes pessoas em algumas áreas do pensamento. O QI médio do brasileiro é de 87 pontos.
Após ser identificada a condição, os pais passaram a se preocupar com o futuro da criança. Benjamin tem recebido acompanhamento de especialistas para aprender a lidar com as altas habilidades. “Ele participa das atividades com os outros colegas, mas quando as professoras sentem que ele já se cansou de determinada atividade, passam outra para ele. A gente tem sentido uma melhora dele”, conta Dayane Lustosa.
A neuropsicóloga Marivânia Mota acredita que as instituições de ensino ainda não estão preparadas para lidar com esse público. “Acontece de o aluno com 10 anos saber mais do que o professor. A orientação para a escola é que se desenvolva um projeto pedagógico individualizado para essa criança”, recomenda.
Fonte: G1 | Foto: Reprodução Redes sociais