Caso ocorreu em agosto do ano passado. Para a Promotoria, violência de gênero foi cometida com o objetivo de dificultar a reeleição da gestora.
O Ministério Público denunciou Laurêncio Damazio de Oliveira Neto ontem, dia 7, pelos crimes de importunação sexual e assédio cometidos em Morro do Chapéu contra a prefeita, Juliana Araújo Leal. Segundo a promotora eleitoral Mariana Pacheco de Figueiredo, a violência política de gênero foi cometida contra a prefeita em agosto de 2024, durante a campanha eleitoral, com o objetivo de dificultar sua reeleição.
O inquérito policial apurou que o agressor teria abraçado a vítima por trás, tocando-lhe o seio de forma inadequada. Esse ato, “que teve o objetivo de satisfazer a lascívia de Laurencio”, teria causado constrangimento e humilhação na vítima.
O MP requereu, ainda, à Justiça fixação de indenização em favor da vítima, a título de reparação pelos danos causados, no valor mínimo de R$ 10 mil.
Em nota enviada ao g1 através da assessoria de imprensa da Prefeitura de Morro do Chapéu, Juliana disse que foi alvo de “diversos ataques” durante a campanha. Para ela, a denúncia oferecida pelo MPE reforça que o objetivo dessas ações foi justamente intimidá-la.
“Entre esses ataques, enfrentei episódios lamentáveis de violência política de gênero, uma prática inadmissível que tenta ferir, de forma desrespeitosa e machista, a nossa capacidade de liderança e a nossa legitimidade como mulheres em posições de poder”, lamentou a prefeita.
Juliana Araújo foi reeleita com 70,28% dos votos no primeiro turno da eleição. A gestora de 43 anos é casada e tem ensino superior completo — ela se apresenta à Justiça Eleitoral como advogada. À época da eleição, Juliana declarou patrimônio de R$ 2.515.372,99.
O assunto foi comentado no JMD desta quinta-feira, 09 de janeiro. Confira
Fonte: MPE BA | Foto: Prefeitura de Morro do Chapéu