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Seabra: documentário “Pedras que Contam Memórias” relata a passagem de Frei Justo Venturi pela cidade

Registro histórico, por meio das memórias de quem conviveu com o padre capuchinho, detalham a sua relação com a cidade e a partida inesperada.

O documentário “Pedras que Contam Memórias” acaba de ser lançado e já se configura como um arquivo importante da memória de parte da história da cidade de Seabra, na Chapada Diamantina. Ao revelar, por meio de depoimentos, uma recorte da trajetória de Frei Justo Venturi, um padre capuchinho que viveu na cidade por 19 anos, o documentário mexe com as lembranças ao mesmo tempo em que ajuda a explicar a dolorosa partida de alguém que verdadeiramente deixou um legado transformador na cidade.

Natural da Itália, Frei Justo chegou ao Brasil em 1950 e se estabeleceu em Seabra em 1968. Com formação em engenharia, foi uma figura central no desenvolvimento urbano e social da cidade. Durante sua passagem, ele liderou a construção e reforma de marcos arquitetônicos que até hoje definem a paisagem de Seabra. Entre suas realizações estão a Igreja do Bom Jesus, a Praça da Bandeira, a Avenida Paulo VI, a Casa dos Padres, a Casa das Madres, o Centro Catequético, CTL, o Educandário São Francisco de Assis e o Hospital Frei Justo Venturi, que hoje abriga a Maternidade Frei Justo Venture, as igrejas do bairro do Vasco Filho, Santa Luzia e Boa Vista e a igreja São José. Suas obras também se estenderam à zona rural, com a construção de igrejas em comunidades como Sonhem, Cochó do Malheiro, Jatobá, Olhos D’água do Antônio Francisco, Saquinho dentre outras.

Além das contribuições arquitetônicas, o documentário destaca a atuação de Frei Justo no campo social, político,  religioso, cultural e na saúde do município, destacando seu envolvimento com a comunidade local.

“Pedras que Contam Memórias” faz um resgate das lembranças pessoais de quem conviveu com o Frei, colaborou com suas obras e presenciou a transformação de Seabra por meio das intervenções do religioso visionário. O projeto é dos seabrenses Igor Ramos e Pablo Portela, ambos testemunhas da devoção de familiares que tinham ligação com o frei. “Crescemos em meio às histórias sobre ele”, explica Pablo. Os dois trabalham com o audiovisual e, por conta da proximidade com a história, resolveram materializar a passagem do capuchinho pela cidade da Chapada.

Com pouco mais de 45 minutos de duração, o documentário costura depoimentos com imagens que revelam o impacto de Frei Justo na vida da cidade. É um tributo à memória e ao legado de um homem cuja missão ultrapassou os limites da fé, alcançando o coração de uma comunidade inteira e cuja partida foi tão avassaladora quanto a sua marcante presença.

O documentário, que foi realizado com apoio dos recursos da Lei Paulo Gustavo em âmbito municipal, já alcança quase dez mil visualizações no canal do YouTube @pedrasquecontam, onde foi disponibilizado.

Com informações da assessoria | Fotos: Divulgação/Acervo Pessoal

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