Na reunião foram apresentados projetos que pretendem contribuir com os colegiados territoriais.
Na última terça-feira, 21, foi realizado em Seabra, na Chapada Diamantina, o encontro do CET em Movimento, da Coordenação Estadual de Territórios (CET), organização criada em nível estadual para representar a rede de Colegiados de Desenvolvimento Territorial (Codeter).
Com apresentação de abertura feita pela coordenadora do Território de Identidade da Chapada Diamantina, Sandy Rosane, e pelo Secretário Municipal de Agricultura de Seabra, João Alberto Souza, o início do evento foi marcado por uma breve explanação sobre a política territorial que vem sendo desenvolvida no estado.
Além dos dirigentes, a atividade em Seabra contou com representantes dos municípios de Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Bonito, Ibicoara, Ibitiara, Iramaia, Iraquara, Itaetê, Novo Horizonte, Seabra, Souto Soares e Wagner. O Consórcio Chapada Forte também enviou um representante para participar da reunião, ao lado das representações da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), do Núcleo Territorial de Educação (NTE) 3 e Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
O Instituto Federal da Bahia (IFBA) também marcou presença, além de diversas representações, associações comunitárias, Escola Família Agrícola (EFA), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretaria Municipal de Agricultura e Irrigação, vereadores do município sede e representantes da sociedade civil.
Na reunião, que também ocorrerá em todos os outros territórios de identidade, foram apresentados alguns projetos que pretendem contribuir com os programas de formação realizados pelos colegiados territoriais, no que diz respeito à ampliação da participação popular e da sociedade civil organizada.
Este movimento itinerante, em específico, foi iniciado para apresentar o projeto de custeio do funcionamento dos colegiados territoriais, bem como dois outros de apoio e financiamento, o Programa de Acesso à Produção e Aquisição de Alimentos Saudáveis, que funcionará com recursos de diversos ministérios, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) e o Projeto Dom Helder Câmara, que vai oferecer serviços de assistência técnica e extensão rural na região semiárida do nordeste e fomentar a criação de tecnologias sociais de captação de água e sistemas simplificados de irrigação e de produção de alimentos saudáveis. O projeto também poderá promover a recuperação de pequenas agroindústrias, sem perder de vista a formação de técnicos e dirigentes comunitários e agricultores familiares.
CET em Movimento
CET em Movimento é uma organização criada a partir dos Colegiados de Desenvolvimento Territorial (Codeter), que representam os 27 Territórios de Identidade da Bahia. A partir desses 27 conselhos, a CET foi criada como uma rede estadual, que tem uma função política de representação dos conselhos nesse âmbito.
Em termos práticos, é um núcleo de pessoas oriundas dos territórios que se reúne periodicamente para elencar ações, apresentar projetos e monitorar algumas ações do governo. Passou a atuar desde 2017 na elaboração de projetos e participação em editais que possam angariar recursos para apoiar os Codeters na sua atividade cotidiana: reuniões para contribuir com uma gestão participativa e mais próxima da sociedade.
Os primeiros encontros foram realizados em Salvador, mas por meio de emendas parlamentares e recursos da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e da Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia (Seplan) conseguiram apoio para financiar a realização desses encontros que possibilitarão o levantamento de pleitos e demandas dos territórios e o trabalho de sistematização de comunicação.
O CET em Movimento vem a se tornar, assim, um ambiente de consulta para balizar o estado sempre que é pensado algum projeto importante para o desenvolvimento de um determinado território. Essa rede é consultada, faz-se diálogos com os secretários, dirigentes das áreas que vão liderar os projetos e a eles se apresentam sugestões, diagnósticos, levantamentos, além da determinação das prioridades em médio, curto e longo prazo. Por atuarem localmente e com profundo conhecimento do território, os membros da CET são sujeitos sociais importantes no levantamento e acompanhamento dessas demandas.
Confira imagens e o resumo publicado nas redes sociais da organização:
Ananda Azevedo | Fotos: Reprodução Redes Sociais