Foram realizadas reuniões e uma série de visitas a locais estratégicos da sub-bacia do Rio Utinga.
A sub-bacia do Rio Utinga recebeu a visita, nessa segunda-feira, 10, de técnicos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), em conjunto com representantes da população local, para avaliar e discutir estratégias para o enfrentamento à escassez de recursos hídricos.
Foram realizadas, também, reuniões com a participação de atores regionais, da sociedade civil e do poder público local, representado pelas secretarias municipais e instituições do terceiro setor, para estabelecer um diálogo construtivo e implementar iniciativas urgentes antes da próxima estiagem.
A ideia é que o governo desenvolva um plano estratégico, em parceria com as comunidades locais, para promover capacitações técnicas aos profissionais da região. O objetivo é fortalecer, sobretudo, a agricultura familiar, garantindo que os produtores tenham acesso a conhecimentos e ferramentas que permitam a regularização de suas atividades com vistas à garantia da segurança hídrica.

O primeiro local a receber a comitiva foi o Instituto Agregar – Centro de Desenvolvimento Sustentável Socioambiental e Agroecológico –, uma instituição voltada à agricultura familiar no município de Wagner. As ações coordenadas pelo diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental do Inema, Antônio Martins de Oliveira Rocha, reforçou que a iniciativa dá continuidade às visitas aos locais mais afetados pela estiagem na sub-bacia do Rio Utinga.
“Estamos aqui na região que abrange os municípios de Wagner e Utinga para dar sequência às intervenções que já estamos realizando na barragem, voltadas para a situação de escassez hídrica. Estamos discutindo, junto com a Bahiater, um projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural [Ater], integrado a uma ação de regularização, não apenas ambiental, mas também dos recursos hídricos”, explicou o diretor.
Com as reuniões e visitas de campo, os técnicos poderão conhecer mais de perto a realidade das comunidades e dos assentamentos para identificar quais ações podem ser desenvolvidas para auxiliá-las, especialmente no que diz respeito à captação de água nos pontos da bacia do Rio Utinga. Além disso, serão orientados sobre as melhores técnicas e práticas de irrigação e cultivo na região.
No período da tarde, a comitiva esteve na Associação dos Agricultores da Bacia do Rio Utinga (AABU) para mais uma reunião, desta vez com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município de Wagner e representantes da associação.
Lotado na Coordenação de Ações Estratégicas (Coaes) da Sema, o assessor técnico Aldo Carvalho destacou a importância do estreitamento das relações entre os entes públicos e a sociedade civil, tanto no que se refere aos recursos hídricos quanto à regularização ambiental.
“Essa missão na sub-bacia do Rio Utinga tem como objetivo aprimorar a gestão do uso dos recursos hídricos na região. Dentro desse conjunto de atribuições da Sema e do Inema, há um pacote voltado à regularização ambiental. E dentro dessa regularização, temos dois pontos fundamentais: a regularização pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é o nosso Cefir, e também a regularização de outorga”, explicou Carvalho.
Encerrando as atividades do primeiro dia da ação, que seguirá até a próxima sexta-feira (14), a equipe se reuniu no Centro Territorial de Educação Profissional da Chapada Diamantina (Cetep) para escutar as demandas dos assentados dos municípios que compõem a sub-bacia do Rio Utinga, além de debater temas relacionados aos recursos hídricos e à regularização ambiental.
Sobre o Rio Utinga
Com cerca de 70 km de extensão, o Rio Utinga passa pelos municípios de Utinga, Wagner, Lajedinho, Lençóis e Andaraí. Sua nascente está localizada na comunidade Cabeceira do Rio, habitada pelos indígenas da etnia Payayá, onde se forma uma grande represa.
Fonte: Ascom/Sema | Foto: André Reis/Ascom Sema/Inema