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Rio Utinga em risco: comunidades e poder público atuam para conter escassez hídrica

Comunidades, assentamentos e agricultores e agricultoras contribuem para o desenvolvimento de estratégias para conter a escassez de água e a seca do rio.

Após reunião ocorrida na segunda-feira, 10, com a população e técnicos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), foram iniciadas, a partir da terça-feira, 11 visitas técnicas aos municípios de Wagner, Utinga e Lençóis para avaliar e discutir estratégias para o enfrentamento à escassez de recursos hídricos.

A ideia é entender a realidade, ouvir as comunidades e desenvolver conjuntamente meios de garantir o acesso à água, mesmo em momentos de estiagem. Para Antônio Martins Rocha, diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental (DIRAM) do Inema, a presença em campo permite um entendimento mais próximo da realidade local. Ele destaca que as discussões incluem um projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) em parceria com a Bahiater.

Foto: André Reis/Sema

Entre as discussões sobre a situação hídrica, também estão em pauta alternativas para melhorar o manejo da água e garantir o acesso dos agricultores familiares. Edison Ribeiro, coordenador de sistemas agroflorestais da Diretoria de Inovação e Sustentabilidade (DIS) da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), reforçou a necessidade de “criar novas tecnologias de produção e manejo de solo” e de promover uma gestão mais equilibrada da água, para que pequenos produtores não sejam prejudicados.

De acordo com Ribeiro, já pode ser verificada escassez de água para consumo humano na região. Ele completa, afirmando que pretendem construir alternativas, medidas emergenciais e planejar ações de médio e longo prazo que garantam sustentabilidade ambiental, produção sustentável e mais alimento na mesa dos agricultores e agricultoras.

Para Benedito Reis, presidente do Instituto Agregar (Centro de Desenvolvimento Sustentável Socioambiental e Agroecológico), que também acompanhou as visitas aos assentamentos, as famílias enfrentam dificuldades recorrentes devido à seca.

“Essa crise hídrica do Rio Utinga já vem se estendendo ao longo dos anos, e essa escuta nas comunidades, vivenciando de perto, nos traz esperança de encontrar soluções. Muitas famílias perdem sua renda quando o rio seca. Ver esse rio voltar a ser perene pode parecer uma utopia, mas é por isso que lutamos, com parcerias entre instituições e sociedade civil, para garantir o futuro do Utinga e dos povos ribeirinhos.”

Na quarta-feira, 12, no município de Lençóis, as visitas aconteceram nos assentamentos Jaraguá, Padre Cícero e Bela Flor.

Nesta quinta-feira (13), último dia dessa etapa das ações de campo que nortearão estratégias para combater a seca no Rio Utinga, a equipe visitará a nascente do Rio Utinga, nas comunidades próximas e a Estação Experimental SDR no município de Utinga. Pela tarde, haverá uma reunião de avaliação da ação de campo na sede do Instituto Agregar, no município de Wagner.

Entre os participantes da iniciativa também estão Aldo Carvalho, assessor técnico da Coordenação de Ações Estratégicas (COAES), o especialista Eduardo Athayde, técnico da DIRAM e Guido Brasileiro, especialista em políticas ambientais da Sema. Pelo Inema, participaram a especialista em Meio Ambiente, Ana Carolina Delfino, da Unidade Regional da Chapada, e Thamires Mercês Gomes, coordenadora da Secretaria Executiva dos Comitês de Bacias Hidrográficas.

Fonte: Ascom/Sema | Foto: André Reis/Sema

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