Premiação ocorreu na última sexta-feira, 16, na Câmara Municipal de Salvador.
Em nome do coletivo artístico Madalenas da Chapada, a atriz seabrense Ludimila Agostinho acaba de receber uma homenagem em uma sessão especial da Câmara Municipal de Salvador, em comemoração aos 50 anos do livro “Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas”, do reconhecido diretor e dramaturgo Augusto Boal.
Junto com diversos artistas de outros territórios, também de coletivos de teatro, em especial os que fazem do teatro do oprimido sua manifestação artística, Ludimila recebeu o convite para representar a Chapada Diamantina diretamente do vereador e professor soteropolitano Hamilton Assis.
A sessão comemorativa ocorreu em parceria com o Centro de Teatro do Oprimido da Bahia e fez reverência às ações e trabalhos realizados em escolas, grupos, comunidades, universidades e em outras instituições, todas com um denominador comum, que é a crença no potencial transformador da arte na vida das pessoas.
Acreditando que arte é transformação social, Ludimila falou um pouco sobre a sua trajetória e o encontro com as técnicas e filosofia do Teatro do Oprimido e do Teatro das Oprimidas como forma de denúncia e resistência às formas de adoecimento e opressão sociais, além de falar sobre o espetáculo, encenado ao lado de Maria Clara Barbosa, também atriz seabrense, o “Mulheres, Benditas Sois Vós”.
Sobre o coletivo Madalenas da Chapada, ela conta que é um grupo em formação que, ao utilizar as técnicas do teatro das oprimidas, acrescenta às temáticas de trabalho, as questões que perpassam a vida de quem reside no interior do estado, nas zonas rurais, nos povoados, nas comunidades deste território tão potente que é a Chapada Diamantina.
Em sua descrição, honrando quem veio antes, a atriz fez questão de lembrar o nome de Cida Madalena, tida pelos artistas como uma referência importante na cidade de Seabra, especialmente no universo artístico e teatral. “Foi ela que, junto com outros tantos, fez nascer diversos grupos (de teatro) em Seabra, foi através da multiplicação dela que a arte chegou para nós”, contou. “É uma grande ativista também pelo direito das mulheres e minha grande referência e motivação para continuar”, completou.


Ananda Azevedo | Foto: Antônio Queirós