Queima durou três dias e causou problemas respiratórios na população; Secretaria Municipal de Meio Ambiente busca alternativas para os problemas ambientais do município.
Um incêndio que já durava três dias no lixão da cidade de Palmeiras foi controlado no final da tarde dessa quinta-feira, 29. Moradores vinham sofrendo com a fumaça intensa, prejudicando as atividades do dia a dia e muitos relataram problemas respiratórios decorrentes da inalação constante da fumaça durante esses dias, especialmente nos locais mais próximos do lixão, mas também em diversos pontos da cidade.
Especialmente para os palmeirenses com problemas de saúde, além de crianças e idosos, foram dias difíceis enfrentando o cheiro forte de fumaça. Alguns moradores se queixavam do odor de plástico queimado.
Isso tudo foi confirmado pelo Secretário do Meio Ambiente, Thiago Ramos, que já considerava o incêndio criminoso e a estrutura do lixão vulnerável para esse tipo de ocorrência. Segundo o gestor, há diversos problemas estruturais para os quais estão sendo estudadas alternativas. O exemplo mais forte é a falta de uma coleta seletiva que possa contribuir para minimizar o grande volume de resíduos depositados no lixão.
Na falta de um aterro sanitário mais adequado, a coleta seletiva poderá contribuir com a redução de resíduos, reciclagem de material possível, além da conscientização da população acerca da responsabilidade e importância do cuidado com os materiais descartados. A ação de coleta seletiva pode contribuir para reduzir problemas ambientais. De acordo com Thiago, esse projeto está em desenvolvimento e pretende contar com a atuação de organizações sociais como o Grupo Ambientalista de Palmeiras e o Recicla Capão, ambos em funcionamento na cidade, mas que agem com poucos recursos.
A secretaria afirma que na sexta-feira, 23, anterior ao incêndio, que começou na terça, 27, foi solicitado à prefeitura um maquinário para a retirada de parte do lixo do local por conta da deposição indevida do material, o que poderia ter evitado, se não o incêndio, a grande proporção que ele alcançou.
Estão em andamento as tratativas com uma empresa para fornecimento e aplicação de uma geomembrana para conter os resíduos e proteger a água (de lençóis freáticos) e o solo de materiais contaminantes, como chorume e outros materiais perigosos.
O secretário esperar contar com os catadores de resíduos, com os quais afirma não conseguir estabelecer diálogos, nem realizar entregas básicas, como de equipamentos de proteção individual (EPI).
Tendo o incêndio controlado, os próximos passos são a tentativa de identificação dos responsáveis e estruturação das novas ações junto ao controle de resíduos do município.
Ananda Azevedo | Imagens cedidas pela Secretaria de Meio Ambiente