Dois irmãos, que são criados pela avó desde bebês, estavam brincando quando um homem armado apareceu; segundo relato de uma tia paterna das crianças, ele estava acompanhado pela mãe biológica.
Na tarde dessa quarta-feira, 2, dois irmãos, de 2 e 4 anos, foram levados da casa da avó no distrito de Catolés, em Abaíra, na Chapada Diamantina. De acordo com a avó e a tia das crianças, em entrevista para a correspondente policial Carla Souza, um homem armado acompanhado da mãe e tia das crianças, chegou até a residência exigindo que as entregasse junto com seus documentos e pertences pessoais, como roupas e sapatos. Ainda de acordo com os familiares, o grupo proferiu ofensas e agiu com agressividade contra a avó dos meninos.
A Polícia Militar foi acionada pelo delegado local após o que se supôs tratar de um sequestro, já que as crianças estavam sob a tutela da avó paterna desde bebês, quando o pai trouxe as crianças após serem supostamente submetidas a maus tratos pela mãe biológica, de acordo com a tia.
De acordo com as informações preliminares, as crianças teriam sido levadas em um veículo Fiat Pálio Weekend, de cor prata. De imediato, uma guarnição se deslocou até o local e montou um bloqueio no povoado de Ouro Verde, que não obteve sucesso na interceptação do veículo, aparentemente por já ter passado pelo local. Foram realizadas buscas ao longo da BA-148, mas também sem sucesso até o momento.
O caso mobiliza as forças de segurança do município e da região, com equipes de outras cidades, como Piatã e Boninal, mas até o momento do fechamento dessa reportagem não havia pistas sobre o paradeiro dos envolvidos, nem do veículo utilizado.
Ainda não há informações precisas sobre quem detém a guarda legal das crianças, mas a princípio o caso estaria sendo investigado como subtração de incapazes, que é um crime previsto no artigo 249 do Código Penal Brasileiro. A legislação estabelece pena de detenção de dois meses a dois anos para quem retira menor de 18 anos ou pessoa interditada da guarda de quem a detém legalmente — mesmo que o ato seja praticado por um dos pais da criança.
O delegado responsável pelo caso continua realizando diligências e ouvindo testemunhas para localizar os envolvidos. Qualquer pessoa que tenha informações podem repassá-las de forma anônima, à polícia local.
Fonte: Correspondente Policial Carla Souza | Foto: Reprodução Redes Sociais
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