Festival percorrerá 14 cidades, nas quais serão exibidos 43 filmes com temática socioambiental; as produções vêm de todas as regiões do Brasil.
Nessa quinta-feira, 4, o Facine – Festival de Cinema Ambiental da Chapada Diamantina, em sua terceira edição, iniciou suas atividades simultaneamente em quatro cidades da Chapada. Iraquara, Lençóis, Palmeiras (Vale do Capão) e Seabra receberam exibições e atividades que deram o pontapé inicial na itinerância que irá percorrer 14 cidades da região. Ao final do primeiro dia, em Seabra, foi feita a abertura oficial do festival, com a exibição dos filmes “Ibejis’, “Com Quantas Estrelas se Cria um Céu Aberto – Terno de Reis de Tonho de Lau”, “Dona Lili”e “Caminhos Abertos”, todos de diretoras da Chapada. O videoclipe “Salve a Chapada Diamantina” abriu as apresentações da noite.
Ao final, foi realizada uma roda de conversa em que o público pôde compartilhar suas impressões acerca dos filmes e da importância de um evento desse porte para o território.
O local escolhido para esse momento foi o campus Seabra da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), onde uma mesa institucional com a presença de membros da universidade também ressaltou a relevância de se tratar a temática socioambiental. Além disso, o professor José Welton Ferreira e a diretora Fátima Sudré ressaltaram a importância do Facine como atividade extracurricular.
Em todas as cidades, as atividades alcançaram outras esferas. Na área educacional, uma das propostas do festival é atingir o público estudantil em busca de ampliar os efeitos do debate entre os jovens. Em Seabra, uma vivência no Sítio Monte Alverne, sede do Canal da Minhoca, levou os estudantes do segundo ano do ensino fundamental da Escola Manoel Teixeira Leite a conhecerem a importância dos animais, em especial a minhoca, para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas. No local, uma escultura gigante de minhoca é uma das grandes atrações; em seu interior, uma réplica perfeita dos órgãos do animal pôde ser conferida pelos meninos e meninas, que também acessaram outros espaços do sítio, como um museu com objetos antigos e o espaço de preparo do adubo.
No Vale do Capão, em Palmeiras, os estudantes da Escola Municipal de Caeté-Açú participaram de uma oficina de reciclagem ministrada pelos integrantes do Recicla Capão, projeto de reciclagem que trabalha com o tratamento de resíduos recicláveis na comunidade.
Todas as atividades acontecem enquanto as exibições são realizadas nas escolas, na universidade, em pontos de cultura, sindicatos, bibliotecas, comunidades rurais e diversos outros espaços.
E, de acordo com os organizadores, o Facine seguirá sua itinerância por mais dez cidades da Chapada com a mesma proposta: provocar reflexões e promover o audiovisual de temática socioambiental na Bahia.
Ananda Azevedo | Fotos: Kallyane Nery
