Líder do esquema foi capturado na Chapada Diamantina durante megaoperação que já prendeu sete pessoas e mira bloqueio de R$ 6,5 bilhões.
O principal alvo da Polícia Civil da Bahia na Operação Primus foi capturado nesta quinta-feira (16) em um hotel no município de Lençóis, na Chapada Diamantina. Segundo o Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), o homem é apontado como líder de um esquema bilionário de adulteração e distribuição ilegal de combustíveis na Bahia e em outros estados.
Jailson Couto Ribeiro é conhecido como “Jau”, tem 57 anos, é empresário do ramo de postos de combustíveis, além de ter sido candidato por duas vezes a prefeito de Iaçu, sua cidade natal. As candidaturas aconteceram nos anos de 2020 e 2024.
Nas redes sociais, o baiano ostentava viagens de luxo com a companheira. Entre os destinos internacionais, estão Itália, Luxemburgo, Emirados Árabes e Espanha. No Brasil, além de passeios pela Bahia, ele esteve no Ceará e Rio de Janeiro.
Além da prisão em Lençóis, outros três mandados foram cumpridos em Conceição de Feira e Feira de Santana, além dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No total, sete pessoas foram presas na Bahia.
Durante as ações, a polícia apreendeu três pistolas, uma submetralhadora, carregadores, munições e cerca de dez veículos de luxo. As investigações também atingem cerca de 200 postos de combustíveis suspeitos de envolvimento com a organização criminosa. A Justiça já foi acionada para bloquear aproximadamente R$ 6,5 bilhões.
A operação mobiliza equipes em diversos municípios baianos — entre eles Feira de Santana, Conceição do Jacuípe, Alagoinhas, Morro do Chapéu, Itaberaba e Iaçu — além dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O objetivo é desarticular a estrutura criminosa que comandava o esquema no setor de combustíveis.


Como funcionava o esquema?
Conforme detalhou a polícia, as investigações identificaram 200 postos de combustíveis vinculados ao grupo investigado, responsável por estruturar e expandir uma complexa rede empresarial destinada à adulteração e comercialização irregular de combustíveis em território baiano.
Os elementos colhidos ao longo das apurações indicam fortes indícios de que o grupo utilizava o setor de combustíveis como instrumento para ocultação patrimonial e mantendo conexões com uma organização criminosa originária de São Paulo.
Fonte: Tony Silva / Ascom-PCBA/g1 | Foto: Ascom – PCBA