Evento chega à 9ª edição celebrando danças afro-brasileiras e contemporâneas entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, com programação gratuita.
Entre serras, rios e cachoeiras da Chapada Diamantina, o corpo se conecta ao território e a dança se transforma em raiz e resistência. O Festival Vale que Dança, dedicado às danças afro-brasileiras e contemporâneas, retorna à Vila do Capão para sua 9ª edição, entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro de 2025.
Com o tema “O corpo como território do movimento”, o festival reafirma o compromisso da arte como força de escuta, pertencimento e construção coletiva. Além da mostra coreográfica, a programação inclui oficinas, debates, mesas redondas e apresentações abertas ao público, movimentando toda a comunidade.
As apresentações acontecerão em um palco montado na praça central da Vila, enquanto oficinas e vivências serão realizadas na Escola Municipal do Vale do Capão e no Coreto. Toda a programação é gratuita.
Um território que respira cultura
O Vale do Capão — distrito de Palmeiras — está localizado no entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Famoso por suas paisagens exuberante, o local também se destaca como polo cultural recebendo espetáculos, shows e festivais. Desde 2010, o festival Vale que Dança mobiliza moradores e atrai artistas e visitantes de diferentes regiões do Brasil e do mundo.
O evento tem ampliado, ao longo dos anos, a visibilidade da dança de matriz afro-brasileira e contemporânea no cenário regional, fortalecendo redes culturais e comunitárias.
Nomes que ecoam ancestralidade
Já participaram do festival nomes importantes da cena da dança, como Vânia Oliveira, Veronica Mucuna, Amélia Conrado, Anderson Rodrigo, Edleusa Santos, Denilso Oluwafemi, Fátima Suárez, Negra Jhô e Mathias Santiago — artistas que unem ancestralidade, inovação estética e escuta sensível.
“Esse é um projeto que transbordou das nossas aulas de dança contemporânea e afro-brasileiras aqui no Vale do Capão. Estamos preparando uma programação muito especial e com muitas surpresas. O Vale que Dança já se consolidou na expectativa da comunidade da Chapada Diamantina, dos dançarinos e da cultura afro, e isso realmente é muito gratificante”, destaca Toni Silva, idealizador do evento.
Toni é mestrando em Dança pela Universidade Federal da Bahia, pós-graduado em Docência no Ensino de Dança pela Faculdade Iguaçu e licenciado em História pela Universidade Estácio de Sá. Em 2024 recebeu o Prêmio Nilda Spencer de Reconhecimento da Trajetória Cultural por sua contribuição artística, social e cultural para a cultura da Bahia e do Vale do Capão, seu local de residência há mais de 25 anos. No Vale do Capão, atua como professor de Dança Afrodiaspórica com Simbologia dos Orixás e pilates, dançarino, coreógrafo, educador antirraciscta, produtor e mobilizador cultural.
Mais informações sobre a programação do projeto, que foi contemplado nos editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), podem ser encontrados nas redes sociais oficiais do festival @valequedanca e no site valequedanca.com.br.
Com informações da assessoria | Fotos: Divulgação