Mulheres negras da Chapada Diamantina promovem cultura, educação e ancestralidade em comunidades quilombolas e escolas da região.
A Coletiva Preta Diamantina, formada por mulheres negras que nasceram ou escolheram viver na Chapada Diamantina, celebra cinco anos de atuação com uma programação vibrante e plural durante o Novembro Negro. A iniciativa, que une arte, educação, empreendedorismo e ancestralidade, tem impactado comunidades quilombolas e adjacentes com ações que promovem o protagonismo negro e indígena.
Desde sua criação, a Coletiva tem realizado rodas de conversa sobre racismo, direitos das populações negras e indígenas, meio ambiente e cultura, além de oficinas de dança, teatro, música, contação de histórias e terapias integrativas. As ações acontecem em comunidades e municípios como Agreste, Corcovado, Tejuco, Esconso, em Palmeiras, além de Iraquara, Boninal, Souto Soares e Seabra, fortalecendo vínculos e saberes ancestrais.
Feira Preta de Palmeiras: 5 anos de visibilidade afro-indígena
Entre os dias 7 e 9 de novembro, a Praça Juracy Magalhães, em Palmeiras, será palco da 5ª edição da Feira Preta — um espaço de celebração, resistência e troca cultural. A feira é aberta a todas as idades e traz uma programação diversa.
– Exposições
- Fotografias do trabalho da Coletiva
- Caminhos ancestrais
- Obras da Casa Casulo
– Atrações culturais
- Apresentações de dança, teatro e música
- Microfone aberto de poesia sobre a Chapada e o Novembro Negro
- Roda de Capoeira
- Brechó solidário e feira de alimentos e artesanatos
– Desfiles
- Desfile da Beleza Quilombola (inscrições abertas: coletivapretadiamantina520@gmail.com)
- Desfile da Beleza Negra Infantil (inscrições abertas: coletivapretadiamantina520@gmail.com)
– Conexões internacionais e saberes afro-diaspóricos

A Feira contará com a presença de estudantes africanas da Universidade do Recôncavo da Bahia e da UNILAB, fortalecendo a ponte cultural Aminata. Entre os destaques:
- Viegas Benjamim Macherene, jornalista cultural moçambicano e prister do Movimento Rastafari, abordará a África antes da colonização.
- Vedeta, rapper angolana e pesquisadora afro-diaspórica, trará reflexões sobre Hip Hop e pedagogias decoloniais.
- Sidineia Sanha (Guiné-Bissau), Rachel Helena Bimbo João (Angola), Shelsea Celeste Manjate (Moçambique) e Elisa Tavares Martins (São Tomé e Príncipe) compartilharão suas pesquisas sobre política, gênero, gastronomia e integração regional.
Educação e memória viva
Durante o mês de novembro, a Coletiva realizará atividades em escolas públicas e particulares de Palmeiras, Seabra, Souto Soares e Boninal, além de encontros em comunidades quilombolas e ações como uma participação na Festa Literária de Seabra, roda de conversa na Biblioteca Pública do Vale do Capão.
A Feira Preta conta com o apoio da Aldeia Estrela Dalva e do Recicla Capão, além da colaboração de coletivos e lideranças quilombolas da região e reafirma que a arte é ferramenta de transformação, que a ancestralidade é força e que a educação é ponte para um futuro mais justo. Em novembro, a Chapada Diamantina se torna palco de uma celebração que ecoa vozes, histórias e sonhos de um povo que resiste com beleza e sabedoria.
Confira imagens de edições anteriores.




Para mais informações e inscrições,a organização do evento orienta enviar uma mensagem para o endereço coletivapretadiamantina520@gmail.com
Com informações da assessoria | Fotos: Dill Santos


