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Capão in Blues celebra segunda noite com encontros, energia e celebração

A sexta-feira reuniu nova geração, artistas internacionais e lendas da guitarra brasileira, e o festival encerra hoje com shows de Júlio Caldas & Lia Chaves, JJ Thames e Armandinho Macedo & Eric Assmar.

A segunda noite do Capão in Blues 2025, nesta sexta-feira, 21, contou com céu firme, brisa fresca e a vila do Vale do Capão tomada por amantes da boa música.

Com o frescor que só a Chapada Diamantina tem, o público circulou desde cedo, ocupando cada canto disponível para curtir o som, cantar junto com os artistas e aproveitar a programação gratuita que deu ritmo às noites do Vale.

Entre um show e outro, a plateia era surpreendida por números circenses que surgiam quase como mágica. Acrobatas, malabaristas e figuras performáticas costuravam a noite com leveza, criando pequenos respiros poéticos antes que a música recomeçasse.

Abertura vibrante com Cacá Magalhães

A abertura da programação desta sexta foi a baiana Cacá Magalhães, uma das vozes jovens mais comentadas da nova cena musical. Aos 19 anos, a artista mostrou ao público por que ganhou destaque nacional desde a adolescência.

No Capão, apresentou seu primeiro álbum solo, “Só Sinto”, em um show que uniu maturidade vocal e uma conexão bonita com a plateia. “Já estava sentindo que ia ser uma noite massa, gostosa, mas eu não sabia que ia ser tão boa assim, energia boa, todo mundo curtindo pra caramba. O público vibrando e eu também. Feliz também com todo o trabalho, o trabalho da banda também, a gente teve bastante ensaio. Nos preparamos muito para essa noite, preparamos o repertório com muito carinho, cada música foi escolhida a dedo e foi uma noite inesquecível”, disse.

Encontro euro-brasileiro

A noite seguiu com a potência da polonesa Kasia Miernik, que trouxe ao Vale sua marca registrada: presença cênica, refinamento e intensidade vocal. Acompanhada pelo Cris Ferreira Trio, formado pelo guitarrista gaúcho Cris Ferreira e músicos convidados, Kasia conduziu um espetáculo que transitou entre sutilezas e explosões sonoras.

O encontro entre a artista europeia e o trio brasileiro gerou momentos de solos musicais com os instrumentos e versões instigantes de clássicos do blues, criando uma atmosfera que prendeu o público do início ao fim. “Para mim, a primeira vez aqui na Bahia, é um prazer enorme. Eu estou muito feliz, muito agradecida ao público, aqui é outro nível. Todo mundo tá me dando tanta alegria e suporte. É prazer tocar pra vocês. Então, até próxima eu acho”, disse Kasia.

Encerramento memorável com Luiz Carlini & Tutti Frutti

Para fechar a noite, o festival recebeu Luiz Carlini, um dos maiores guitarristas da música brasileira. Celebrando os 50 anos do álbum “Fruto Proibido”, lançado com Rita Lee & Tutti Frutti, Carlini transformou o Vale do Capão em uma viagem pelos bastidores do rock nacional e por suas pontes com o blues.

Entre riffs marcantes, solos precisos e momentos de pura nostalgia, o público vibrou com cada música, algumas cantadas em coro, outras recebidas com silêncio respeitoso de quem reconhece estar diante de um capítulo importante da história da guitarra brasileira.

“Estou muito feliz de estar aqui. A segunda vez que eu venho até aqui é um lugar maravilhoso, mágico. A primeira vez que estive aqui foi no Festival de Jazz com o Guilherme Arantes. Faz uns oito anos atrás, dez anos, não me lembro. Ainda a estrada era de pedra. Eu me lembro muito desse episódio. Demorou muito pra gente chegar aqui. Tocamos vários hits da minha época com o Rita Lee e outras coisas do rock brasileiro também”, disse.

A programação continua neste sábado, 22. Ainda sobem ao palco Júlio Caldas (BA) e Lia Chaves (BA), JJ Thames (EUA) e Armandinho Macedo & Eric Assmar (BA).

Com informações da assessoria | Fotos: Olhos de Lince Filmes

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