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Hugo Luna é homenageado com exposição em Universidade em Lençóis

Natural de Seabra, Hugo Luna é defensor do forró raiz, ritmo que defende desde que ganhou a primeira sanfona do pai aos 13 anos, ainda em Iraquara.

“Hugo Luna: entre o acorde e o abraço, o forró vira história” é o nome da exposição que estará em cartaz no Campus Avançado da Chapada Diamantina (CACD) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) em Lençóis, na Chapada Diamantina. Durante o mês de junho, a exposição mostrará detalhes da vida do mais expressivo representante da música regional, em especial do forró raiz.

O multi-instrumentista explica que a exposição é uma releitura de outra mostra que já foi realizada há alguns anos, mas que, pelo fato de ser um forrozeiro raiz – nas suas próprias palavras – em um país onde o forró vem perdendo espaço para outros ritmos até no período do São João, foi procurado novamente pela universidade.

A mostra vai expor as diversas faces do artista: músico, multi-instrumentista, escritor, poeta e compositor seabrense, e estará aberta ao longo deste mês de junho, das 8h às 12h e das 16h às 22h no Campus, que fica na Praça Horácio de Matos, no centro da cidade de Lençóis.

Entre os ítens expostos, estõ livros, discos (LPs e CDs), poemas, instrumentos musicais, outros itens identificados com a carreira do artista que por muitos é considerado a Majestade do Forró. Isso porque sua trajetória conta com dez discos lançados em quatro décadas de trabalho, muitos shows, e um público cativo que reconhece a sua importância na defesa da autentica música nordestina de Luiz Gonzaga, Marines, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Ari Lobo, Jacinto Limeira, dentre outros. Sem contar que, além de sanfoneiro, Hugo Luna toca violão, guitarra, teclado, gaita de boca, baixo, piano e citara.

Trajetória

Natural de Seabra, na Chapada Diamantina, Hugo Luna começou a carreira muito cedo tocando a sanfona que foi presenteada pelo pai em 19 de junho de 1961, quando o artista tinha apenas 13 anos, na Vila Parnaíba, Iraquara. Participou de bandas da região, mas a segurança de um concurso público falou alto e passou um tempo morando em Salvador.

Por lá, seguiu na música, agora embandas como guitarrista ou tecladista e fez parte do que foi a primeira formação da banda Chiclete com Banana. Encantado com os ritmos que invadiram o país no final da década de 50, fez várias experimentações musicais no rock e outros estilos. Ao ver a sanfona perdendo espaço e oportunidades nas festas e sentindo o coração que pulsava nos ritmos nordestinos, Hugo, que também foi preso na ditadura militar, resolveu voltar para sua cidade natal e reacender em seu coração a chama do forró raiz, com referência predominante em Luiz Gonzaga.

Aposentado de suas atividades bancárias, e de volta à Chapada Diamantina, não teve outra opção senão voltar a praticar o estilo musical que o consagra até os dias atuais. Mesmo com uma contribuição de longa data, Hugo não se exime do trabalho de continuar fazendo a defesa do forró raiz: ‘Isso só aumenta a minha responsabilidade”, reitera.

“A arte é um dom com o qual o ser humano já nasce. Algo determinado pelo Universo. O ambiente é responsável pelo incentivo. Minha carreira foi fortemente incentivada pelos meus pais (especialmente minha mãe) e minhas irmãs. Sempre fui um forrozeiro, considerando a influência de Luiz Gonzaga. No acordeom, toquei primeiramente as valsas e os tangos que minha mãe me ensinou a solfejar”, conta Hugo.

Neste período junino, tem previstas várias apresentações com a banda que lhe acompanha há 33 anos, e além de músicas conhecidas de outros artistas, tem seus próprios sucessos como Cheiro de Goiaba, composição do jornalista Zadir Marques Porto, Beleza do Sertão, Depois Daquela Curva, A Palavra e o Silencio, dentre outros.

Ananda Azevedo | Foto: Divulgação

* Traz informações de Tribuna da Bahia

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