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Em clima de São João, Triêtu lança a canção “Janela”

O forró delicado completa o álbum “Leve” e abre as janelas – e corações – para a chegada do São João.

Imagine-se no outono, clima frio, mas num raro e desejado dia de sol, aquecendo na medida certa o corpo e a paisagem, em alguma medida já despida pela estação acobreada. O cenário? As águas escuras, areia nos pés e a vegetação que se balança preguiçosamente com a brisa leve. No quintal, as roupas no varal trazem a tranquilidade e o acolhimento de estar exatamente onde o coração pertence. No peito, a certeza de um amor que não tarda a chegar. Impossível não fechar os olhos e sorrir.

Se essa cena tivesse um fundo musical, certamente seria uma canção do Triêtu, grupo musical de Lençóis, na Chapada Diamantina. Mais especificamente, seria “Janela”, uma música que abre caminho para o calor das lembranças e do reencontro marcado pelo afeto.

Lançada no dia 21 de maio, a faixa chega como o nono e último capítulo do álbum “Leve”, e consegue ser ainda mais delicada que a faixa que dá nome ao álbum. Aliás, delicadeza é uma das marcas registradas do trio que vem encantando o público com sua sonoridade. De acordo com o grupo, “Janela” é canção que abriga. Uma espécie de oração íntima, acesa dentro de casa — e dentro do peito.

O clipe, já disponível no YouTube, foi gravado em Lençóis, berço do grupo e território afetivo percebido não só nas imagens, mas na própria canção que evoca a lua, a luz suave entrando pelas frestas da janela e a beleza que nasce no cotidiano. Impossível não pensar na Chapada Diamantina ao evocar o ritmo suave da vida na sua melhor forma: leve, tranquila e íntima da natureza.

Ah, faltou dizer que “Janela” é um forrozinho suave, um xote rebuscado e que com ela, o álbum “Leve” se completa, reunindo nove faixas autorais que, como o próprio nome anuncia, chegam como brisa em dias pesados. Quem conta é a cantora Jamile Santos. “Janela me desperta um misto de sentimentos, me reporta à minha terra, me lembra o aconchego do lar, do bom forró nordestino que tanto amamos e que nos faz pular de alegria quando chega o tempo das festas de São João.”

Baianos ligados às suas raízes, o grupo comemora o lançamento como um presente, não apenas para o público, mas para o próprio trio. Tainã Pacheco que, além de emprestar a voz, também foi o diretor e editor do videoclipe, conta que o forró tradicional que embala a canção se consagra neste momento junino que a Bahia respira.

“Lembra nossa terra. Um videoclipe que traduz o que vemos nessa música: a janela da nossa chapada, o varal, as águas e a paisagem chapadeira”, contou.

Foto: Sergio Klavin

O videoclipe foi gravado praticamente no quintal de casa, mas o cantor André Fonseca explica que a estreia da música em palco não foi na Bahia, aconteceu durante a Tour do álbum “Leve”, em São Paulo. Segundo ele, foi o que chamou de “experiências que ficam guardadas no peito”. “Esse lançamento veio fechar um ciclo de forma bonita demais. A gente escolheu fazer com quem a gente gosta. Sinto que Janela tem esse poder: o de escancarar frestas para dentro da alma, pra que o São João, com toda sua luz e cores, entre e fique”, completou.

Assista ao videoclipe

Ananda Azevedo/Com informações do grupo | Fotos: Sergio Klavin

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