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Chacina de Feira: acusado da morte de cinco familiares alega lapso de memória

 Fotos: Paulo M. Azevedo / Bocão News
Fotos: Paulo M. Azevedo / Bocão News

Um lapso, um fleche ou um teletransporte. Essa é a única explicação que Gilson de Jesus Moura encontrou para sua autoria na morte de cinco pessoas e o grave ferimento por queimadura de mais duas, entre elas, quatro crianças atingidas por um incêndio em uma casa no município de Feira de Santana. Durante sua apresentação à imprensa na tarde desta sexta-feira (6), no auditório da sede da Polícia Civil da Bahia, na Piedade, ele relatou que só se deu conta que havia que seu nome estava relacionado a morte dos familiares, quando viu o fato ser noticiado nos jornais.

“Eu estava em Jacobina e quando assistir a reportagem e foi que eu vi o que tinha acontecido”, diz o Gilson que ainda negou que estivesse fugindo. “Aquilo ali me levou a voltar para me entregar. Eu voltei de madrugada com a intensão de me entregar. Só que aquele negócio, você fica: entrega não, se entrega, e estava lá nessa dúvida de me entregar ou não. Certamente se eu tivesse consigo sair dali, eu teria voltado para me entregar. Porque eu não ia conseguir ficar fugido com essa culpa”, relata.

De acordo com o site Bocão News, durante a coletiva, o delegado João Rodrigo Uzzum, coordenador da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira) comentou a argumentação de Gilson. Conforme Uzzum, geralmente quando o acusado não tem como negar a autoria, ele faz alegações voltadas para uma suposta insanidade. O coordenador também informou
que a família vivia uma vida conturbada e ele já havia comentado com pessoas da comunidade que iria incendiar a família. Uzzum disse que Gilson espalhou gasolina sobre as vítimas e ateou fogo, trancou a porta e saiu da casa.

Também de acordo com a polícia, Gilson vendeu o carro para financiar a fuga e se apropriou da remuneração de 13º salário da companheira.  Gilson ainda tentou resistir e negar a autoria do crime, mas em seguida foi preso. O coordenador resumiu os atos de Gilson como “Crime premeditado e crime qualificado”.  O caso continua sendo investigado pela polícia.

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